quinta-feira, 14 de maio de 2009

Camping das 7 Mulheres

Sete mulheres indo acampar. Algumas nunca tinham acampado na vida, outras inaugurando as barracas novas, nunca tinham armado senão em casa. Uma ilha, a procura de um camping.
O primeiro que encontram, era um terreno que uma galera disse que se podia acampar que não tinha problema algum, mas para uma dessas sete mulheres, sim havia: o primeiro era aonde estava o banheiro e o segundo eles tinha um cachorrinho, para ser mais precisa, tinham um pitbull.
Já cansadas de procurar aonde se instalar, encontraram quem não queria, a atual de um ex. Poxa, logo nessa situação de quase desespero, sem saber aonde ficar, depois de cinco horas de viagem, com fome e um sol lindo e forte!! Poderia ter sido alguém que ajudasse e não que alguém que estivesse bem instalada, em todos os sentidos.
Mas como a energia já estava caindo, uma diz: ficaremos no mais perto que seja, porque já não agüento andar com a mochila, e estou ficando mal humorada (mal sabia ela que já estava mal humorada!).
Por fim, encontraram um camping. Umas conseguiram sombras, que mais tarde se questionariam se foi a melhor opção que fizeram, outras encontraram um formigueiro bem embaixo da sua barraca ( novatas!!).
Quando tudo parecia encontrar a calma, vem a tempestade, mas essa foi de verdade! No principio era tudo ansiedade para ver se as barracas agüentavam tanta água, porem a situação começou a ficar difícil, pois em duas das barracas (eram cinco no total) entrava água, e vale a pena comentar que era novas, isso significa, não se pode testar uma barraca, montando ela em um apartamento. Sacos e sacos de lixo, azul, preto no final, o camping das setes mulheres (desculpe o meio plagio) parecia mais uma favela que outra coisa.
Depois da tormenta de verão veio praia, praia e mais praia. Encontravam a quem queriam e algumas vezes quem não queriam, porem tiveram um encontro especial, Dom Pepito.
Um tipo simpático que adorava o vinho, ele passou a ser a companhia perfeita nas noites de verão naquela ilha que tinha como atração noturna uma barraca de praia que só tinha um cd, e no final do segundo dia já sabiam a seqüência das musicas.
Assim passavam os dias tranqüilos, até que chegou um tal Zé pequeno no camping, que acabou com a paz dos vizinhos das sete mulheres. Porém não foi nada em comparação a uma noite de adrenalina extrema.
Era de madrugada, todas estavam acomodadas nas suas respectivas barracas, divididas em dois grupos. Um grupo tinha como sombra duas folhas de palmeira, isto é não tinha nada de sombra, mas tinha varal e um banquinho, já o outro grupo estava embaixo de uma grande arvore, tinha bastante sombra e uma barraca até então abandonada como vizinha.
De repente, começam a escutar uma respiração ofegante na barraca abandonada, a respiração parecia que estava rondando as barracas do grupo, o medo tomou conta do ambiente, imaginavam de tudo, ate um serial killer, umas chamavam as outras, pedindo que abrissem a barraca porque não queriam ficar sozinhas. A respiração que vinha da barraca abandonada era inconstante e cada vez mais forte, ate que parou. Nesse momento, uma das setes mulheres decide sair da sua barraca com uma lanterna na mão, inventando uma historia de que estava esperando uns amigos e começou a rondar, mas claro não passou mais de 20 minutos fora e voltou para a barraca.
Essa foi uma noite mal dormida, a ansiedade tomava conta do grupo da sombra, ate que o sol saiu e descobriram que tinham como vizinho um hippie que vendia colares na praia e que na noite anterior tinha se “armado”. Uff menos mal, imagine um serial killer, não não melhor o hippie!
As preocupações do grupo eram diversas: celular que não pegava, papel e outras coisas que desapareciam, a que praia ir...
Uma viagem perfeita, com aventuras, risadas momentos tensos. E muito mais que não posso contar para manter a integridade das sete mulheres mas o único que posso afirmar depois de tudo é que a amizade foi o que lhes proporcionou momentos únicos que entraram para a eternidade.

(*Texto cedido por Tati Madeiro, extraido de seu blog) - Obrigado !
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Um comentário:

  1. já passei algo parecido em um hostel , na hora foi tenso mas hj damos risadas da situação

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